Dez anos de ruínas: Amazônia Latitude convida autoras (es) para edição sobre Belo Monte
Com objetivo de produzir e enraizar memórias sobre impactos da usina, revista recebe sugestões de material e fontes para projeto especial
O que foi feito das vidas humanas e não humanas da região conhecida como Volta Grande do Xingu? Dez anos após o início das obras da usina de Belo Monte, como se pode observar os impactos socioambientais nos meios rural e urbano desse megaprojeto? Como isso modificou as vidas da região?
É para responder a essas e outras perguntas que a Amazônia Latitude convida pesquisadoras (es) do campo das humanidades ambientais, fotógrafos, ilustradores, poetas e artistas para, numa abordagem interdisciplinar, publicarem textos e outros materiais a partir da edição de junho de 2021 da revista.
O que buscamos?
- Difundir olhares interdisciplinares sobre a construção de Belo Monte e de seus múltiplos impactos;
- Apresentar novos meios de pensar ações e impactos dos megaprojetos em comunidades tradicionais na Amazônia;
- Discutir as ações predatórias como parte de processos de uma violência lenta sobre as transformações na região;
- Valorizar os conhecimentos das comunidades locais, originárias e tradicionais, rurais e urbanas, que vivem e praticam seus modos de vida na região;
- Apresentar as consequências dos impactos do empreendimento no uso dos recursos hídricos do rio Xingu e sua relação com as mudanças climáticas.
A interdisciplinaridade é o foco do projeto, para construir um entendimento de áreas diversas sobre o impacto da construção da usina em sistemas ligados ao rio Xingu.
Apesar de não ser o único grande empreendimento na região, o investimento de tempo e recursos, as poucas vantagens apontadas pelos autores do projeto e a negligência exigem questionamentos contínuos sobre os efeitos de Belo Monte.
A criação de memória sobre o projeto, bem como tudo aquilo que se sucedeu desde que as primeiras máquinas começaram a trabalhar, exige esforço coletivo da academia e da sociedade civil.
Por que publicar conosco?
Com um conselho editorial e um acervo de material diverso na forma e no conteúdo, a Amazônia Latitude, editada pelo Programa de Português da Universidade Estadual da Flórida ISSN 2692-7446 (impresso) e ISSN 2692-7462 (online), é uma revista que reúne diversas vozes e textos para um debate interdisciplinar.
As humanidades ambientais são nosso foco, além do desenvolvimento de um olhar lento sobre as violências na Amazônia e na Pan-Amazônia. Junte-se a este debate e ajude a fazer a ponte entre academia e sociedade.
Desenvolvemos projetos especiais e coberturas em parceria com universidades e instituições de diversos países, como o webinar Amazonia Now, o colóquio internacional Amazônia: Violência Crescente e Tendências Preocupantes, a coluna Roteiros da Amazônia, uma parceria com o cineasta Jorge Bodanzky, e outros. O objetivo é o mesmo: fazer a ponte entre academia e sociedade, traduzindo os conhecimentos sobre Amazônia e Pan-Amazônia e divulgando as vozes dos povos da floresta.
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Propostas e conteúdos podem ser enviados para o e-mail [email protected]. Serão avaliados pela equipe de editores e pelo conselho editorial da revista.
Caso o material enviado seja no formato de texto, procure escrever na forma direta, em períodos curtos, com uma linguagem clara e acessível. Preferencialmente, artigos e ensaios devem ter de 1.000 a 4.000 palavras, resenhas entre 1.000 – 1.500 palavras. Sugestões de fontes podem ser utilizadas para reportagens de contexto, entrevistas e podcasts.
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