Amazônia em 5 minutos | 28/4 a 5/05/2023

Montagem: Fabricio Vinhas

Esses são os destaques que a Amazônia Latitude selecionou para você ficar por dentro do que aconteceu entre 28 de abril e 5 de maio na maior floresta tropical do planeta.

  • Treze mortos em menos de uma semana. Esse é o saldo da escalada de violência que tomou conta das terras Yanomami. Entenda a linha do tempo desses conflitos que se intensificaram desde o sábado, dia 29, e que acenderam um alerta nas forças de segurança.
  • Confira também detalhes do decreto que modifica a gestão do agora Centro de Bionegócios da Amazônia.

O Amazônia em 5 minutos é uma produção da Amazônia Latitude, com apresentação de Amanda Péchy, produção de Lucas Duarte, edição de Filipe Andretta e edição sonora de Celso Rabelo.

Escalada da violência na TI Yanomami

As tentativas de expulsar o garimpo ilegal da Terra Indígena Yanomami levaram a uma nova escalada de violência na região. Entre sábado e quinta-feira, treze mortes foram registradas em situações de conflito envolvendo indígenas, garimpeiros, policiais e agentes de fiscalização.

No sábado, dia 29, um grupo de garimpeiros atacou indígenas durante um ritual fúnebre, nas margens do rio Mucajaí, em Roraima. Seis garimpeiros atiraram em direção aos indígenas que participavam do ritual. No local do ataque havia mulheres e crianças. Um agente indígena de saúde foi atingido na cabeça e não resistiu.

Segundo informações da Associação Hutukara, os indígenas perseguiram os garimpeiros, que fugiram em direção ao Garimpo Rangel, na região do Surucucu.
Durante a perseguição, os garimpeiros atiraram e feriram outros dois indígenas, um no tórax e outro no abdome. Eles foram transferidos para um hospital em Boa Vista e estão internados na UTI.

As lideranças da região suspeitam que esses garimpeiros tenham relação com facções criminosas e que eles estavam embriagados durante o ataque.

No domingo, dia 30, mais um confronto com mortes em outro ponto do território Yanomami. Desta vez, agentes da Polícia Rodoviária Federal e do Ibama trocaram tiros contra supostos garimpeiros.

Segundo a versão dos órgãos oficiais, os policiais e os servidores do Ibama foram recebidos a tiros quando tentavam desembarcar da aeronave para uma ação de repressão ao crime organizado. Quatro garimpeiros foram mortos pelos agentes de segurança.

De acordo com a PRF, foram apreendidos um fuzil, três pistolas, sete espingardas, além de munições e carregadores. Um dos garimpeiros mortos seria foragido da Justiça.

Na segunda-feira, dia 1º, oito supostos garimpeiros foram encontrados mortos na mesma região dos conflitos anteriores. A Polícia Federal descobriu os corpos baleados durante um sobrevoo e enviou agentes para perícia no local.

A suspeita é que essas mortes sejam uma retaliação pelos ataques que aconteceram dias antes.

Para tentar aumentar o poder de ação dos militares, o governo federal estuda editar um decreto que autorize a Força Aérea a abater aeronaves ilegais. Atualmente, a FAB faz apenas o controle do espaço aéreo na região, mas não pode realizar abordagens no ar.

Os conflitos nas terras Yanomami têm aumentado desde o começo do ano, quando o governo federal iniciou uma campanha para remover os garimpeiros ilegais da região.

Nova gestão para o CBA

O presidente Lula assinou um decreto que retira da Superintendência da Zona Franca de Manaus a gestão do Centro de Biotecnologia da Amazônia, o CBA.

Com o decreto, o CBA passa a se chamar Centro de Bionegócios da Amazônia e será gerido pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos, uma organização social sem fins lucrativos.

O CBA realiza projetos de desenvolvimento de novos produtos em diversas áreas, utilizando matéria-prima da biodiversidade amazônica.

Segundo o governo, a mudança faz com que o CBA tenha mais autonomia e agilidade para captar recursos públicos e privados.

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