A cultura do boi que se sobrepõe à vida baseada na floresta
O antropólogo Jeffrey Hoelle explora em livro a pecuária no Acre pelas perspectivas de seringueiros, colonos e fazendeiros, e navega as contradições entre sustentabilidade e desmatamento.
“No Brasil, as pessoas acham que é um livro que defende a pecuária, o agronegócio, os ruralistas”, conta Jeffrey Hoelle, 45, professor de antropologia da Universidade da Carlifórnia (Santa Barbara), que lança agora em português a obra Caubóis da Floresta: o crescimento da pecuária e a cultura de gado na Amazônia brasileira (Edufac).
Apesar de um estranhamento inicial de um livro sobre cultura do gado, um dos maiores atores do desmatamento brasileiro, cuja simbologia e poder econômico comandam uma das mais fortes bancadas no Congresso, o livro do antropólogo americano, fruto de suas pesquisas no Acre, mostra uma parte esquecida das discussões de sustentabilidade e cultura no Brasil.
“Na Amazônia, há uma tendência de estudar povos indígenas e isso é muito importante. Mas existem outros mundos”, explica Hoelle. “E, nesse caso, existe uma força que ameaça esses povos e essa floresta, a qual a maioria das pessoas acha boa e que merece existir”.
Para o autor, Caubóis da Floresta quer compreender a cultura do gado ao olhar o boi não somente pela ótica econômica, mas pelas relações simbólicas que afetam as formas de usar a terra e os motivos de desmatar para construir pastos. “Um pasto bem limpinho e o prazer que isso dá estão relacionados a uma maneira de ver o mundo, de tentar pôr ordem no mundo e fazê-lo produtivo”.
Suas observações foram feitas ao longo de um ano e meio de trabalho de campo com seringueiros, colonos e fazendeiros, que o levaram a leilões, festas sertanejas e churrascos. “Como um antropólogo, preciso ir com a mente aberta, escutando as experiências e as histórias das pessoas”.
Ele acredita que tornar os atores da pecuária em vilões impede um entendimento mais complexo da realidade. “Sempre foi o motivo da pesquisa compreender a cultura do gado para ajudar a encontrar o equilíbrio entre meio ambiente e economia que o governo procurava no Acre”, argumenta.
Hoelle diz que precisou ir além da dicotomia entre bom e mau, destruição e sustentabilidade. Ainda mais por se tratar do Acre, um estado que tem Chico Mendes como figura histórica da conservação da floresta, mas hoje observa uma preferência pelo boi ao invés dos meios de vida baseados na floresta. Nesta entrevista à Amazônia Latitude, o antropólogo conta as motivações de sua pesquisa, as dificuldades em ganhar a confiança dos fazendeiros e as perspectivas culturais opostas em relação à floresta em pé.
O livro Caubóis da Floresta: o crescimento da pecuária e a cultura de gado na Amazônia brasileira pode ser baixado gratuitamente aqui.
Em linhas gerais, Caubóis da Floresta fala sobre o quê?
O livro pretende contribuir para o entendimento do crescimento da pecuária na Amazônia brasileira através de pesquisa antropológica no estado do Acre, Brasil. Eu tento explicar o apelo do boi em relação às estruturas político-econômicas e sociais, o surgimento da “cultura de gado” e sobre o contexto rural, com suas pressões ambientais, promessas e perigos da cidade.
No Brasil, as pessoas têm uma reação a qualquer discurso ou estudo que menciona a palavra pecuária como sendo algo que defende a pecuária, que é um livro do agronegócio, de ruralista. Eu já senti aquele preconceito no Brasil: o que um antropólogo faz estudando esse mundo? Você está com eles? É importante explicar que sou antropólogo, e um antropólogo tenta entender o mundo. Na Amazônia, há uma tendência de se estudar povos indígenas e isso é muito importante. Mas existem outros mundos. E, nesse caso, existe uma força que ameaça esses povos e essa floresta, a qual a maioria das pessoas acha boa e que merece existir.
Queria entender esse mundo [do gado] além da dicotomia entre bom e mau, destruição e sustentabilidade, porque essas ideologias não nos ajuda a chegar a um entendimento mais complexo da realidade, que é necessário para procurar um mundo melhor. O objetivo do livro foi estudar a pecuária e como ela existia no mundo das pessoas no estado do Acre, o porquê do boi fazer sentido. No mundo do seringueiro, do colono, do pequeno produtor e do grande fazendeiro. Meu método era sempre olhar onde estava o boi, em quais contextos, como as pessoas falavam do boi. Não é só fazendeiro. É todo mundo que tem uma conexão com o boi, sejam criadores ou comedores de carne.
Queria entender como boi fazia parte do mundo das pessoas e ver como isso estava relacionado com o processo de ocupação da natureza. Na Amazônia, por exemplo, um pasto bem limpinho e o prazer que isso dá estão relacionados a uma maneira de ver o mundo, de tentar pôr ordem no mundo e fazê-lo produtivo. E como isso era mais importante ainda para as pessoas na Amazônia, onde a natureza é forte e sempre volta? O que está acontecendo lá agora era promovido há quase 40 anos nos Estados Unidos. Era normal, era visto como uma coisa heróica domesticar e desbravar.
Seu livro foi publicado nos Estados Unidos em 2015 (Rainforest Cowboys) e agora no Brasil em 2021. Você acha que a recepção no Brasil pode ser diferente?
Nos Estados Unidos, ele foi bem recebido, como um estudo que traz algo novo sobre a Amazônia. Até ganhou um prêmio de melhor livro acadêmico sobre o Brasil junto à Associação de Estudos Latino-Americanos (Lasa) em 2016. Como eu falei, a tendência da antropologia e dos estudos ambientais é olhar para a região como lugares de natureza. Agora que vai sair em português, fico pensando nos significados do livro e como pode ser recebido pelo público, como pode adicionar algo novo aos debates de meio ambiente e desenvolviment em Amazonia. Eu fico animado. Claro que a maioria dos brasileiros pensa que o Acre é o fim do Mundo, um lugar de Velho Oeste, lugar de florestas, do Chico Mendes.
O livro trata de transportar o leitor ao Acre e de descrevê-lo em um momento de transição e tensão, quando o boi está ficando mais forte. Os brasileiros que já leram o livro gostaram do tratamento das pessoas e das observações da vida cotidiana. Uma coisa que eu gosto muito é que os brasileiros podem acessar o livro gratuitamente pela internet. Foi importante deixar o livro disponível assim.
Como foi sua aproximação com os sujeito-informantes da pecuária, como seringueiros, colonos e fazendeiros? Houve alguma dificuldade no contato com eles?
Foi difícil. No Acre, você pode tranquilamente estudar seringueiros ou a floresta. A infraestrutura está pronta para isso. Mas eu queria ver esse outro lado, o do gado. Foi só com muita paciência. Ajudou muito que voltei todo ano. As pessoas perceberam que eu não ia sumir, que não ia escrever algo ruim sobre elas. Voltar para lá ajudou a construir a confiança. Outra coisa que ajudou foi falar com honestidade sobre o objetivo da pesquisa e não enganar ninguém. Eu sempre falei: “Olha, o propósito é entender a lógica, o papel do boi na vida das pessoas”. Claro que os fazendeiros foram os mais difíceis de acessar porque eles têm muito pouco a ganhar ao falar com um antropólogo. E além disso, eu sou americano. Houve todo esse subtexto de espião, de ecologista.
Ajudou bastante, porém, com os fazendeiros o fato de eu ser do estado do Texas. Venho deste mundo de caubói, e foi interessante para eles eu poder conversar sobre isso, mesmo não sendo um especialista na pecuária. Mais um fator que ajudou nesse contato foi quando resolvi compartilhar minha pesquisa com o público da minha cidadezinha no Texas num jornal. Publiquei matérias curtas que se chamavam “Postais da Amazônia”. E o objetivo era ajudar as pessoas a entender essa complexidade [da região]. Escrevi uma matéria sobre um fazendeiro que vinha de Minas Gerais num fusca, o qual vendeu para comprar terra. Falei desse processo sem julgá-lo. A matéria saiu na internet e os fazendeiros, que são mais conectados, ficaram sabendo e circularam a matéria. Eles viram que eu não estava atribuindo um papel de vilões, mas tentando entendê-los. Muitas portas abriram para mim porque os fazendeiros sentem, segundo eles, muita perseguição. Eles querem contar sobre seu lado da polêmica. Dessa maneira, eles compartilharam sua perspectiva, da mesma forma que os seringueiros, os colonos e outros que eu estava estudando.
Quantas vezes você viajou para o Acre e por quanto tempo você ficou em campo?
Quatro vezes. Em total, foi um ano e meio. Ainda sigo voltando ao Acre. Mas o livro retrata esse um ano e meio, entre 2007 e 2010.
No livro, você menciona a cultura do gado. Como defini-la?
É um conceito que une vários aspectos que eu vi relacionados à criação de boi e à preferência pelo boi sobre os meios de vida baseada na floresta. No Acre, na época da minha pesquisa, havia o governo da floresta, que tentava valorizar o que vinha da floresta e os seringueiros. A vida na floresta, a economia baseada na floresta, a cidadania da floresta. A cultura de gado seria o oposto. Incluo nisso as perspectivas de que criar boi é a melhor maneira de ganhar uma vida. Mas também achar que a carne de boi dá mais força, dá mais sustância que qualquer outra comida. A cultura do gado também está na forma de ver a paisagem. Notei que ninguém tinha fotos da floresta em casa; há imagens de pastos com boi. Imagens pastoreiras que nem são do Brasil, são dos Estados Unidos ou da Suíça.
Todos esses aspectos estão ligados à pecuária, mas não entram na discussão. Precisamos entender o apelo desta maneira de usar a terra, que não é só apelo econômico. É um apelo ligado à cultura, à história e a outros países.
A cultura do gado valoriza os pastos limpos ao invés das florestas. Por que essa preferência?
O pasto limpo era uma expressão que eu sempre escutava das pessoas, mas não entendia. Como é que um pasto pode ser limpo? Eu precisava entender primeiro o que significava ser limpo. E eu fiquei pensando ‘como é que uma coisa que é a fonte da sujeira vai ficar limpa?’ Entendi mais tarde que não era sobre ausência de sujeira. Limpeza estava relacionada à ordem e ao controle. Os brasilieros já sabem disso, mas eu precisava descubrir porque não entendia limpo desta forma. Ouvi as pessoas falando ao olhar pasto: “Ah, que pasto bem limpinho”, com um suspiro. E, ao contrário, a floresta era vista como escuridão, da natureza selvagem, sem valor.
O pasto limpo é necessário para ter bois. Você cria algo que fica no ar livre. E os homens, em particular, falam: “o pasto limpinho é a prova de um bom trabalhador”. Se você deixa que a floresta chegue perto da sua casa, ou se você mora na floresta, as pessoas te achavam menos civilizado ou preguiçoso. Os valores sociais estavam ligados às pastagens que eles criavam. Esse pasto tem um aspecto econômico, mas não é coincidência que o melhor pasto sempre é o que fica no ramal ou na BR. Você quer que as outras pessoas olhem seu pasto, porque dá status, destaque. Existe o aspecto estético. E o pasto é lido por outras pessoas que pensam: “O Joao é bom trabalhador! Ele traz progresso a uma regiao atrasada”. Quando passam por um pasto, que antes era limpo, eles perguntam: “O que aconteceu aqui? Dona Fulana saui? Esta doente? Virou ambientalista?”.
Há alguma diferença entre os grupos que você estudou e a relação deles com o gado?
A primeira diferença é a escala. O grande pecuarista pode ter cinco, dez mil hectares de terra. Um colono, entre 40 até 80 hectares, e um seringueiro, 300 hectares. Para o fazendeiro, a maioria vai ser pasto e reserva da floresta. O colono pode ter um pouco misturado. E o seringueiro vai ter a maioria floresta.
A maneira de usar o boi é diferente. O colono e o seringueiro usam o boi para assistência diária, como de boi de carroça, tiram leite. Alguns seringueiros que eu conheço têm crianças que andam em boi até a escola, como cavalo. É uma economia diversificada para os pequenos e, para o grande fazendeiro, é mais ligado ao mercado.
Para o pequeno pecuarista, o apelo do boi, diferente da seringa e da castanha, é não depender da época da safra. O boi pode ser levado até a beira da estrada ou pode ser vendido na hora em que ele precisa. Falam que boi é dinheiro vivo, que dá uma liberdade que os meios de produção baseados na floresta não deram. E para os seringueiros, a pecuária era uma coisa nova. Eles estavam aprendendo como fazer o manejo básico do boi, de formação de pasto, de saúde de animal, com vacina.
Por colonos você diz as pessoas que migraram de outras partes do Brasil para fazer a vida no Acre?
São geralmente pequenos produtores que não tinham terra em outro estado e que migraram à Amazônia para conseguir terra. Às vezes, eles estão em assentamentos onde o governo deu 80 hectares ou 100 hectares, todos em seguida, num mesmo ramal. Outros são posseiros que conseguiram terra de outra forma, mas são pequenos e eles estão orientados geralmente para a agricultura, como arroz, milho, feijão e arroz.
O boi não era tão comum para eles porque estava fora do seu alcance, mas eles sabiam do boi e queriam ter pasto suficiente para conseguirem algumas cabeças.
Como você lidou com esse embate entre gado e meio ambiente na pesquisa?
Foi bem difícil. Foi aquela coisa de construir a confiança através dos anos, de falar honestamente. Claro que o gado é um problema ambiental e até o fazendeiro, que é culpado, sabe disso. Sempre disse: não estou aqui para julgar você. Eu estou aqui para entender sua perspectiva, o que você faz, como você faz, como você está nesse cenário geral que inclui outros atores. Mas mesmo assim, eles sempre ficaram em dúvida. Mas, ao longo do meu tempo com eles, discuti com eles honestamente quando eles queriam. A tradução do livro é parte deste compromisso.
Nas análises, eu não entro no debate com eles. Eu dou a perspectiva deles. Por trás das cenas, nós conversamos muito: o que é que você pensa realmente? Devemos preservar a natureza? Deixar a floresta em pé? Eu falava: claro que eu acho que importante isso. Eu também lembrava que era de um país que destruiu muitas das suas florestas. Entendo que os fazendeiros achem injusto um americano vir aqui e dizer o que é justo. Eles disseram: “Quem são os países agora ricos, que sacrificaram o meio ambiente em favor do desenvolvimento, para dizer ao Brasil o que fazer?” Eu entendo essa perspectiva, mas os tempos mudam. É outra época agora, de mudança climática e precisamos ver qual é o melhor caminho. Talvez, não seja como no passado. Mas as solucoes e as politicas precisam ser justas, o que inclui escutar as perspectivas que reconhecem a desigualdade histórica e global da qual os fazendeiros falam.
A pegada ambiental que o gado tem está presente na pesquisa?
A pecuária é o maior driver que causa o desmatamento. A pesquisa começa falando dos impactos ambientais do boi. Todo mundo no Acre, especialmente os ambientalistas do governo na época, sabia dos impactos. E a justificação era: economia. Políticas públicas. O que está causando os impactos? Se você quer entender a lógica da atividade que está produzindo os impactos, você tem que incluir a cultura de gado. Mas a pesquisa não era sobre impactos ambientais, que já eram bem conhecidos.
O que você ouviu de ambientalistas sobre sua pesquisa?
Os ambientalistas às vezes não entendem, e alguns antropólogos no Brasil também não. Há uma dificuldade em ver como essa pesquisa pode trazer um benefício à sustentabilidade. Os ambientalistas que conheço no Acre tinham redes de contatos estabelecidas e eu fiquei amigo deles. E eles ficaram sempre rindo. “O que você está fazendo neste baile de sertanejo, naquele leilão de boi com este fazendeiro?” Mas essas experiências com os dois grupos opostos me ajudaram a ter mais certeza do que é realmente importante para entrar nessa mentalidade.
De que forma compreender a cultura do gado pode ajudar na conservação da Amazônia?
Sempre foi um motivo da pesquisa, ainda mais nesse momento de mudanças climáticas. Ao longo desses dez anos estudando o tema, ficou mais claro ainda a importância. Vejo um fenômeno, assim como no meu país, que vilifica as pessoas. E as pessoas julgam certos atores sociais como não inteligentes, atrasados. Não ajuda colocar nomes e culpar. O que ajuda é entender. É por meio do entendimento que podemos procurar um caminho entre os extremos.
Os fazendeiros do Brasil defendem o direito de desmatar, falando que os Estados Unidos fizeram, então vão fazer aqui. Disseram para mim na última vez que eu fui lá: “Se vocês gostam tanto da floresta, paguem!”. Entender essa cultura de gado é muito importante, porque a maioria das pesquisas só falam de boi como um fator que resulta no desmatamento ou como lógica econômica. Mas a lógica econômica não tem sentido se você não entende o que significa o boi. Na sociedade brasileira, é necessária uma perspectiva mais ampla para entrar em diálogo com as pessoas que têm boi, entender sua perspectiva. E depois procurar uma melhor alternativa para o uso da terra na Amazônia.
A cultura do gado que você encontrou no Acre se expande também a outras partes da Amazônia?
Fui ao Acre porque minha orientadora trabalhava lá e conhecia pessoas na região. Todo mundo me falava para ir para Paragominas e Marabá, porque lá eu encontraria as culturas de boi fortes. Mas o Acre foi interessante porque era um lugar onde não esperava ver essa cultura. Todo mundo foi lá para confirmar que a visão de Chico Mendes é boa. É claro que é. Mas está sendo apagada da paisagem.
Temos que olhar a realidade da coisa. Caubóis da Floresta começa com um relato dos dados históricos oficiais da região. Depois eu volto a falar do boi no pasto, do boi do seringueiro, do churrasco, do matadouro. Tive muito cuidado no livro porque não falo contra tudo isso pelo que o Acre é conhecido. Falo do Acre de uma maneira que talvez você nunca ficaria sabendo que existe ao ler alguma coisa sobre a Amazônia. Você assiste um documentário e ele só fala da floresta.
Como professor em Santa Barbara, você ensina temas amazônicos há algum tempo. Qual tem sido a sua experiência de ensinar sobre a Amazônia nos Estados Unidos?
Dei um curso sobre a Amazônia no ano passado e a maioria dos estudantes queria estar no curso porque tem muita paixão pelo meio ambiente e pela justiça social. Os estudantes acham que a Amazônia é um lugar chave para esses assuntos. Para mim, ensinar sobre a complexidade da Amazônia é não derrubar todos os seus sonhos, apesar de serem românticos. Por exemplo, a ideia de que todos os povos indígenas vivem no meio da mata, em harmonia com a natureza. É certo que povos indígenas fazem muito menos impacto, mas precisamos entender eles como seres humanos e não os exotizar, achar que eles são mágicos.
Outro esforço é entender o outro lado, as pessoas que participam no desmatamento, produzindo coisas que fazem parte de nossa vida nos Estado Unidos. Muito do curso é combater as crenças que já existem e entender a Amazônia como um lugar que é complexo, que tem cidade, que tem o povo indígena no meio da floresta, que tem telefone por satélite, que tem boi, tem rodeio, tem copa do mundo. Tento ensinar aos alunos a complexidade sem fazer com que percam aquele motivo de contribuir de forma positiva para a região da Amazônia.
CAUBÓIS DA FLORESTA
Autor: Jeffrey Hoelle
Editora: Edufac
Ano: 2021