Indígenas do Equador se transformaram em força política, diz pesquisador

Em junho, a capital equatoriana Quito entrou em estado de guerra. A grave situação, que perdura até hoje, deve-se a protestos de Indígenas do Equador contra políticas do presidente Guillermo Lasso.

Os protestos começaram pacificamente, mas foram violentamente reprimidos pela polícia. Leonidas Iza, líder indígena e presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), foi sequestrado ilegalmente por policiais. Até agora, pelo menos quatro pessoas morreram em consequência da repressão e mais de 100 foram presas.

Após inúmeras tentativas fracassadas de diálogo com Guillermo Lasso, o Movimento Indígena reivindicou um “diálogo nacional” exigindo uma “greve nacional indefinida”. No entanto, dias antes da mobilização nacional, o governo implementou um estado de emergência no país, aumentando os poderes da Polícia Nacional, das Forças Armadas e dos agentes de segurança penitenciários.

Para entender o que está acontecendo no Equador e como o Movimento Indígena está liderando a luta pelos direitos no país, conversamos com o político e economista equatoriano Alberto Acosta.

Acosta foi professor da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais. Trabalhou como consultor para várias organizações equatorianas e internacionais, como a Organização Latino-Americana de Energia e o Instituto Latino-Americano de Pesquisa Social.

Acosta explica o papel da CONAIE nas manifestações, que enviou pedidos ao governo Lasso para tratar de problemas que afetam todos os setores populares do país, como o aumento do custo de vida e do desemprego, a luta contra a privatização de setores estratégicos, a mineração e o fornecimento de medicamentos em hospitais.

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