Amazônia em 5 minutos: Dinamarca fará doação para o Fundo Amazônia

Marina Silva e Dan Jørgensen discutem o Fundo Amazônia
Ministra Marina Silva com o ministro de Cooperação para o Desenvolvimento e Política Climática Global da Dinamarca, Dan Jørgensen

A contribuição de R$110 milhões foi anunciada em reunião no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

O Amazônia em 5 minutos desta semana irá te atualizar sobre o que aconteceu entre 24 e 30 de agosto na maior floresta tropical do planeta. Os destaques deste episódio são: Dinamarca anuncia doação de R$110 milhões para o Fundo Amazônia; operação do Ibama e da Polícia Federal destrói cerca de 200 balsas de garimpo ilegal no Rio Madeira; Constituição Federal traduzida para o Nheengatu, uma língua originária do Tupi, é recebida pela Biblioteca Nacional.

Ouça todas as notícias no episódio completo:

Fundo Amazônia

O ministro de Cooperação para o Desenvolvimento e Política Climática Global dinamarquês, Dan Jørgensen, anunciou, nesta terça-feira (29), que a Dinamarca pretende fazer uma doação de R$110 milhões para o Fundo Amazônia

O anúncio foi feito em uma reunião com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, na sede do Ministério em Brasília.

De acordo com o Comitê Orientador do Fundo Amazônia, o valor será utilizado para o financiamento de projetos para redução do desmatamento, proteção da biodiversidade, melhorias na vida das comunidades locais da Amazônia e promoção do desenvolvimento sustentável. 

O Fundo Amazônia é um projeto criado em 2008 e gerido pelo BNDES, que recebe doações para o monitoramento e a prevenção do desmatamento na Amazônia Legal, assim como a conservação e o uso sustentável da região.

Constituição Federal em Nheengatu

A Biblioteca Nacional recebeu, na segunda-feira (25), a Constituição Federal em Nheengatu, uma língua originária do Tupi. Os exemplares da Constituição foram entregues ao presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Marco Lucchesi, pela presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, que idealizou o projeto da tradução. 

A tradução da Constituição para o idioma indígena foi finalizada em julho deste ano, por 15 indígenas da região do Alto Rio Negro e Médio Tapajós. Essa foi a primeira vez em que a Constituição foi traduzida para um idioma indígena desde sua promulgação, em 1988.

No evento, a ministra Rosa Weber também assinou um acordo de cooperação entre a Biblioteca e o Conselho Nacional de Justiça. Esse acordo prevê o compartilhamento de informações entre os dois órgãos e a prestação de assistência técnica para a preservação do acervo da Biblioteca.

Operação contra o garimpo

Desde o dia 28 de agosto, uma operação de combate ao garimpo ilegal da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está em andamento no Amazonas. 

Nos três primeiros dias da operação, a polícia destruiu cerca de 200 balsas e dragas de garimpo no Rio Madeira. Essas estruturas estavam distribuídas em 148 locais diferentes de ação dos garimpeiros, que estão sendo retirados das instalações. Outro rio investigado pelos policiais é o Rio Abacaxis.

De acordo com a PF, essa é a maior operação contra o garimpo ilegal já feita no Brasil. A operação segue em andamento por prazo indeterminado, e o número final dos locais alcançados pelos policiais será divulgado assim que ela terminar.

França na OTCA

O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu a entrada da França na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). A afirmação foi feita na quarta-feira (30), durante uma reunião com embaixadores, com o argumento de que a França é uma potência amazônica por causa da Guiana Francesa, uma região ultramarina da França localizada na Amazônia.

Macron já havia afirmado que a França é um país amazônico na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), no Egito, em novembro do ano passado. Esta, entretanto, foi a primeira vez que o presidente francês falou sobre a entrada do país na OTCA.

Fazem parte da organização a Bolívia, o Brasil, a Colômbia, o Equador, a República da Guiana, o Peru, o Suriname e a Venezuela. É por meio da OTCA que esses países fazem acordos para promover o desenvolvimento sustentável da Região da Floresta Amazônica e o bem-estar de seus habitantes. 

Desenvolvimento sustentável

Nesta semana, a Amazônia recebeu dois eventos de nível nacional e internacional sobre sustentabilidade e desenvolvimento econômico. O primeiro deles, a Glocal Amazônia, aconteceu entre os dias 26 e 28 de agosto em Manaus (AM). A Glocal surgiu em 2022, e sua primeira edição foi no Rio de Janeiro.

O evento tem o objetivo de mobilizar lideranças locais a criarem ações concretas para o cumprimento da Agenda 2030, baseada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Enquanto Manaus recebeu a Glocal Amazônia, Belém (PA), está recebendo a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias. A Conferência é promovida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e está acontecendo entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro.

O evento conta com cerca de 180 palestrantes, e debate temas como novas economias, mercado de carbono, minerais estratégicos, ESG (responsabilidade Ambiental, Social e Governança), combate aos crimes ambientais e segurança climática.

Algumas das principais personalidades presentes no evento são o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; o embaixador da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para a Sustentabilidade, Oskar Metsavaht; e o presidente da Colômbia, Iván Duque.


Neste episódio do Amazônia em 5 minutos, utilizamos informações de Agência Brasil, CNN Brasil, G1, Jornal Estado de Minas, Jornal Hoje, O Globo, TV Cultura e UOL.

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