Amazônia em 5 minutos: petróleo no Rio Amazonas e prêmio para cacique paraense

Cacica Katia Silene Tonkyre
Cacica Katia Silene Tonkyre durante as gravações de "Pisar Suavemente na Terra" em sua comunidade | Foto: Marcos Colón/Amazônia Latitude. Arte: Fabrício Vinhas/Amazônia Latitude.
Cacica Katia Silene Tonkyre

Cacica Katia Silene Tonkyre durante as gravações de “Pisar Suavemente na Terra” em sua comunidade | Foto: Marcos Colón/Amazônia Latitude. Arte: Fabrício Vinhas/Amazônia Latitude.

O “Amazônia em 5 minutos” desta semana traz as principais notícias sobre a maior floresta tropical do mundo que aconteceram entre os dias 26 de janeiro e 1º de fevereiro. Os destaques desta semana são:

  • Projeto de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas tem grau máximo de impacto ambiental, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
  • Primeira cacica mulher do povo Gavião da Montanha, Katia Silene Tonkyre, ganha prêmio internacional por preservar a Floresta Amazônica;
  • Incêndios florestais na Colômbia já destruíram pelo menos 17 mil hectares de floresta. Em ligação com Lula, o presidente colombiano sugere a criação de um posto regional de prevenção a incêndios.

Ouça abaixo o episódio completo em português ou clique aqui para acessar a versão em inglês 🇬🇧.

Cacique paraense recebe prêmio internacional

O Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA) vai premiar uma cacique paraense por preservar a Amazônia. Katia Silene Tonkyre é a primeira cacica mulher da aldeia Akrãtikatêjê, onde vivem indígenas da etnia Gavião da Montanha.

Tonkyre vai ser premiada por sua iniciativa empreendedora ao mesmo tempo em que promove a educação sobre a importância da conservação e proteção da Floresta Amazônica.

Tonkyre é filha do falecido cacique Payaré, uma liderança indígena que lutava pelos direitos do povo Gavião da Montanha. Foi Payaré quem implementou o conceito de empreendedorismo na aldeia. Hoje, a cacica Tonkyre continua o legado. A aldeia vive da coleta e produção de frutas nativas, além da criação de animais e de peixes.

A entrega do prêmio vai acontecer em abril, num evento do IICA na Costa Rica.

Petróleo na Foz do Rio Amazonas

O impacto ambiental do projeto de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas atingiu grau máximo, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A informação foi obtida pela Folha de São Paulo e publicada em reportagem na terça-feira (30).

De acordo com a investigação feita pela Folha, a perfuração do chamado bloco 59 teve um grau de impacto ambiental calculado em 0,5%. A escala de impacto ambiental varia de 0 a 0,5%, conforme a legislação vigente. Ou seja, o índice do projeto é o máximo.

O bloco 59 fica a pelo menos 160 km da costa. A cidade mais próxima é Oiapoque, no Amapá.

O grau de impacto ambiental é medido pelo Ibama para a definição do valor a ser pago como compensação ambiental. O montante deve ser repassado a unidades de preservação ambiental na região. Segundo os dados do Ibama, a compensação pela perfuração é de R$4 milhões.

Dengue no Amazonas

A dengue atinge 157 pessoas por dia no Amazonas, conforme boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).

Entre os dias 1º e 25 de janeiro, foram registrados quase 4 mil casos da doença. O número é quase 40% maior que o do mesmo período em 2023, quando 2.860 casos foram registrados. Não houve registros de mortes pela doença.

No sábado (27), a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus informou que a capital entrou em estado de alerta. O monitoramento dos casos foi intensificado pelo governo do estado.

O Ministério da Saúde informou, no dia 25, que 12 municípios do Amazonas vão receber doses da vacina contra a dengue, sendo eles: Manaus, Iranduba, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira, Careiro, Nova Olinda do Norte, Manaquiri, Santa Isabel do Rio Negro, Autazes e Careiro da Várzea.

Incêndios florestais na Colômbia

No dia 24 de janeiro, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, decretou situação de desastre natural devido aos incêndios florestais que acontecem no país. Os incêndios são efeito das altas temperaturas e do evento climático El Niño, que tem consequências em toda a região amazônica, como a seca vista no Norte do Brasil.

Em janeiro, pelo menos 17 mil hectares de áreas verdes foram devastados pelo fogo na Colômbia, segundo a Unidade Nacional para a Gestão de Riscos de Desastres do país.

Na segunda-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente colombiano. Lula ofereceu ajuda para combater os incêndios, que podem se alastrar para outros países. Os dois presidentes conversaram sobre a criação de um posto regional de prevenção a queimadas.

Lula também levantou a possibilidade de um novo encontro para a criação de um Grupo de Trabalho da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para lidar com os focos de incêndio.

Dica cultural

Nossa dica cultural da semana é o primeiro episódio do especial “Pensando a Amazônia pela Música”, do LatitudeCast, nosso podcast de entrevistas. Nesse especial, a Amazônia Latitude pretende contribuir com o debate sobre a produção musical na, da e sobre a Amazônia.

Ao longo de 2024, vamos publicar artigos, resenhas, entrevistas, ensaios e outras expressões artísticas sobre o tema. E, claro, também vamos publicar uma série de entrevistas no LatitudeCast.

Na primeira entrevista, o fundador da Amazônia Latitude, Marcos Colón, conversa com os cantores e compositores Eliakin Rufino e Neuber Uchôa, sobre a música roraimense.

Neste episódio, utilizamos informações de: Agência Brasil, Amazônia Real, Brasil de Fato, CNN Brasil, Folha de S. Paulo, G1, Governo Federal e UOL.
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