Amazônia em 5 minutos: sítios arqueológicos de 2 mil anos

Neste episódio do Amazônia em 5 minutos, a Revista Amazônia Latitude traz as principais notícias de 20 e 25 de outubro na maior floresta tropical do planeta. Nesta semana, a diminuição do nível dos rios na Amazônia revelou sítios arqueológicos até então desconhecidos, esculpidos há 2 mil anos. 

A Comissão Parlamentar de Inquérito das organizações não-governamentais, ou CPI das ONGs, está investigando novas organizações e solicita pronunciamento da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobre vínculo com o Instituto de Pesquisa Ambiental (IPAM). 

O desmatamento da Floresta Amazônica é o menor registrado nos últimos 5 anos, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia. Roraima é o estado em que houve a maior queda no mês de setembro.

Ouça o episódio completo para todas as notícias no link:

Sítios arqueológicos

A seca que atinge a Amazônia faz com que os rios da região atinjam níveis cada vez mais baixos. No caso do rio Amazonas, a seca revelou sítios arqueológicos que até então eram desconhecidos. 

No ponto rochoso chamado de Ponto das Lajes, no rio Amazonas, o baixo nível da água revelou rostos humanos esculpidos em pedra há cerca de 2 mil anos. Sulcos nas rochas também indicam que os indígenas afiavam suas ferramentas e armas no local.

O arqueólogo Carlos Augusto da Silva, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), esteve no local para estudar as gravuras. Em entrevista para a Amazônia Real, Carlos Augusto revelou que uma única rocha encontrada no sítio das Lajes tem 25 conjuntos de sulcos usados como amoladores.

Parte do sítio arqueológico do Ponto das Lajes já havia sido observada na seca de 2010, mas a estiagem deste ano revelou gravuras que ainda eram desconhecidas.

CPI das ONGs

Desde 14 de junho deste ano, está em curso no Senado a Comissão Parlamentar de Inquérito das organizações não-governamentais, ou CPI das ONGs. O objetivo da comissão é investigar como as ONGs usaram recursos financeiros obtidos do governo brasileiro e do exterior entre 2002 e 1º de janeiro de 2023. A CPI investiga, em especial, organizações que atuaram na Amazônia nesse período. 

Desde o início, a CPI gerou opiniões contrárias. Como é comandada principalmente por políticos de direita, a comissão é vista como um subproduto do bolsonarismo que vem acusando ONGs relacionadas à preservação ambiental.

Desde que a comissão teve início, representantes de diversas ONGs já prestaram depoimentos, como a Fundação Amazônia Sustentável e o Instituto de Pesquisas Ecológicas. 

Agora, um dos alvos da CPI é o Instituto de Pesquisa Ambiental, o Ipam. A comissão acusa o instituto de utilizar 80% da verba recebida do Fundo Amazônia com viagens e folha de pagamentos. Devido a essa acusação, a CPI passou a solicitar o depoimento da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sob o pretexto de que a ministra está vinculada ao Ipam.

Além do Ipam, a CPI está investigando o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e a ONG SOS Amazônia.

Queda no desmatamento

O desmatamento na Amazônia é o menor dos últimos 5 anos, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgados no dia 20.

Em 2022, a área desmatada entre janeiro e setembro foi de mais de 9 mil km². Em 2023, a área desmatada foi de 3.516 km² nos primeiros nove meses do ano. Setembro foi o sexto mês consecutivo de redução de desmatamento da Floresta Amazônica em 2023.

Apesar da boa notícia, o levantamento alerta para o fato de que a área devastada nos nove primeiros meses deste ano chegaram a quase 1.300 campos de futebol por dia. 

Em relação ao mês de setembro, Rondônia foi o estado que registrou a maior queda no desmatamento. A área devastada no estado foi de 1.082 km² em 2022 para 296 km² em 2023. Uma diminuição de mais de 70%.


Neste episódio do Amazônia em 5 minutos, usamos informações de Agência Pública, Amazônia Real, CNN Brasil, Folha, G1 e Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia.

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