LatitudeCast #18: AmazonFACE, um vislumbre da Amazônia pós-mudança climática
Projeto AmazonFACE vai simular um aumento de 50% na concentração de CO2 na Amazônia para estudar o efeito da crise climática em sua biodiversidade e serviços sócio-ambientais
O aumento das emissões de gás carbônico na atmosfera faz com que aconteçam eventos climáticos extremos em todo o planeta, como o aumento da temperatura, enchentes e secas.
Mas o que aconteceria se as emissões de gás carbônico fossem 50% maiores do que as de hoje? O que será do planeta se não reduzirmos as emissões de poluentes?
O AmazonFACE, projeto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e executado com cooperação internacional, busca responder a essas perguntas.
Para simular o aumento de 50% de gás carbônico na atmosfera, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (Inpa) vão instalar torres de carbono na Floresta Amazônica, altas o suficiente para liberar o gás acima da copa das árvores.
Um dos principais objetivos da simulação é entender como essa mudança climática pode afetar a biodiversidade da floresta Amazônica. Mas o procedimento também vai verificar em que medida a floresta é capaz de sobreviver no futuro, caso as emissões de gás carbônico pela humanidade não sejam reduzidas.
A primeira fase de testes do AmazonFACE começou no final de agosto, quando a construção de uma das torres foi concluída em Campinas. Ela vai servir de modelo para as outras 32 torres que vão ser instaladas na floresta. Depois, toda a emissão de gás carbônico do AmazonFACE será recompensada na forma de reflorestamento.
Neste episódio, o LatitudeCast aborda os objetivos e a importância do estudo com David Lapola, pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp, e um dos coordenadores do AmazonFACE.