Amazônia em 5 minutos: queda no desmatamento, histórias que protegem a floresta e mortes de botos

Montagem: Fabrício Vinhas

Foto: Marcos Colón/Amazônia Latitude. Arte: Fabrício Vinhas/Amazônia Latitude

Na semana em que o Amazônia em 5 minutos está completando 50 episódios, trazemos um resumo das principais notícias sobre a floresta amazônica entre os dias 9 e 15 de novembro.

Os destaques deste episódio 50 são: a queda de mais de 22% no desmatamento na Amazônia, segundo dados do Prodes, a estreia do documentário Pisar Suavemente na Terra na Alemanha, e os novos casos de mortes de botos no Amazonas.

Ouça abaixo o episódio completo em português e para a versão em inglês clique aqui 🇬🇧:

Queda no desmatamento

A área desmatada na Amazônia teve uma redução de 22,3% entre agosto de 2022 e julho de 2023. Os dados fazem parte do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes). O relatório foi divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na quinta-feira (9).

No evento de divulgação, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que a redução foi possível graças a um trabalho conjunto do governo.
“Por trás disso, tem a decisão política do presidente Lula de desmatamento zero, por trás disso, tem a decisão política de que o plano é a política transversal, e por trás disso, tem uma ação integrada do governo para poder alcançar esse resultado”, ressaltou a ministra.

No relatório divulgado neste ano, a área desmatada na Amazônia foi de 9 mil quilômetros quadrados. Esse é o menor número desde 2019.

TIs mais conservadas

O desmatamento em terras indígenas na Amazônia também teve queda de 57% em 2023. É o que revela uma análise preliminar dos dados sobre desmatamento divulgados pelo Inpe no dia 9. Os números representam uma redução histórica. É a maior queda de desmatamento em terras indígenas registrada em um único ano desde 2008.

As ações de fiscalização implementadas pelo governo federal foram apontadas como essenciais na redução. É o caso, por exemplo, da terra indígena Apyterewa, no Pará, que foi a mais desmatada na Amazônia em 2022.

O território tem sido alvo de ações do Ibama há meses, principalmente para a retirada de invasores e o embargo de 37 mil hectares com notificações para retirada de gado. De acordo com os dados do Prodes, o desmatamento nesse território caiu quase 80%.

Nas Unidades de Conservação da Amazônia, os dados também apontam para uma tendência de redução significativa no desmatamento, em torno de 50%.

Os dados revelados pelo relatório do Prodes são importantes, porque a destruição das florestas no Brasil é responsável por mais da metade das emissões de gases de efeito estufa, que esquentam o planeta.

Pisar Suavemente na Terra

O documentário Pisar Suavemente na Terra, uma produção da Amazônia Latitude, foi exibido pela primeira vez na Alemanha no sábado (11).

O documentário é um mergulho nas histórias de três defensores da Amazônia brasileira e peruana, em locais ameaçados por grandes empreendimentos e projetos extrativistas. As narrativas são conduzidas pelo pensamento ancestral do escritor indígena Ailton Krenak.

Pisar Suavemente na Terra é dirigido pelo fundador da Amazônia Latitude e professor da Universidade do estado da Flórida, Marcos Colón. Em entrevista à Deutsch Welle Brasil, Colón revelou que seu plano inicial era fazer uma produção sobre a pesca ilegal na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Um “convite” para que ficasse longe da região fez com que ele mudasse de ideia e apostasse nas narrativas pessoais.

Após a exibição em um circuito de festivais, o documentário chegará às plataformas de streaming no Brasil no primeiro trimestre de 2024.

Mortes de botos 

Entre setembro e outubro, mais de 150 botos cor-de-rosa e tucuxis foram encontrados mortos no lago Tefé, no Amazonas. Uma das possibilidades é que as mortes tenham ocorrido pelo aumento da temperatura da água do lago. Uma operação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em cooperação com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá foi instaurada para lidar com a situação.

Agora, um episódio semelhante está acontecendo em Coari, também no Amazonas. Em menos de um mês, foram encontrados 98 desses animais mortos no rio Solimões, na altura do município. O ICMBio já colocou uma nova operação de emergência ambiental em ação em Coari, onde pesquisadores investigam a relação entre as mortes e a seca histórica que atinge a região.

Neste episódio, usamos informações e áudios de Brasil de Fato, Deutsch Welle Brasil, Fantástico, Folha, G1, InfoAmazonia e Jovem Pan News.
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