Fotogaleria: SBPC na Amazônia e a valorização da ciência e da cultura
Série fotográfica destaca o encontro de culturas e saberes na 76° Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC
SBPC na Universidade Federal do Pará. Foto: Oswaldo Forte/ Amazônia Latitude
Se os dados de uso da internet puderem ser um indicativo, 56 mil pessoas acessaram diariamente a rede da Universidade Federal do Pará (UFPA) durante a realização da 76° Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entre os dias 7 e 13 de julho deste ano.
Foram 145 mil endereços de IPs e 20TB de tráfico de dados. Imagine quantas conexões esses números representam? Quantas pesquisas, contatos, novas parcerias e novas informações pesquisadores, estudantes, profissionais, adultos, jovens e crianças acessaram?
Dá pra imaginar (ou lembrar) de cada conversa, cada olhar de surpresa, cada cheiro e sabor, cada self com o Rio Guamá de fundo ou foto de algo interessante que alguém avistou e decidiu registrar.
Também é preciso considerar as trocas de saberes que vão além da ciência: o cortejo de encantarias, a chegada dos ribeirinhos ao local do evento, os momentos em que sementes e especiarias foram compartilhadas, todo aprendizado expandido em cada curso ofertado, a descoberta infantil do quanto é possível se divertir ao aprender.
Ao abordar a “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo”, a 76ª SBPC realizada na cidade sede da próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) fez mais do que discutir e apresentar pesquisas e ciência: criou uma experiêcia única para conhecer a complexidade do Brasil e da Amazônia.
Escapou do “encastelamento” do qual, vez ou outra, acusam as universidades e levou “povo” para falar aos cientístas, levou lideranças de comunidades tradicionais para guiar os debates.
A escolha não foi uma opção. Foi uma necessidade. Atrair os olhares para a Amazônia, não bastaria. Uma vez aqui, os moradores da região e visitantes – mesmo os ministros do Governo Federal que participavam da programação – precisavam de mais. A necessidade de discutir os desafios e as oportunidades únicas da região: a biodiversidade, os recursos naturais e as mudanças climáticas, precisavam ter a participação do povo Amazônida. A troca de conhecimentos e experiência precisava levar em conta a cultura e a ancestralidade.
Foi isso tudo o que o fotógrafo Oswaldo Forte, colaborador da Amazônia Latitude, registrou durante a SBPC, em Belém. A experiência coletiva, o olhar “abestalhado” – como diriam os paraenses -, os aprendizados e reflexões únicos que cada um experimentou durante os sete dias do maior evento científico do país.
É um resumo disso que, agora, reunimos aqui para você:
Fotos: Oswaldo Forte
Texto: Yris Soares
Edição: Alice Palmeira e Glauce Monteiro
Direção: Marcos Colón