Abertura do V Sialat reúne pensadores de diferentes regiões e países

Mesa de abertura do V Seminário Interacional América Latina e Caribe. Foto: Manuela André/Sialat
Mesa de abertura do V Seminário Interacional América Latina e Caribe. Foto: Manuela André/Sialat
Mesa de abertura do V Seminário Interacional América Latina e Caribe. Foto: Manuela André/Sialat

Mesa de abertura do V Seminário Interacional América Latina e Caribe. Foto: Manuela André/Sialat

“Um grande feito pela tradição e pela qualidade”. Assim traduziu Armin Mathis, diretor-geral do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea), que promove a 5ª edição do Seminário Internacional América Latina e Caribe: Políticas e Conflitos Contemporâneos (Sialat). Com sede em Belém, no Pará, o evento iniciou nesta quarta-feira (24), e segue até o dia 26 de abril com profissionais de diferentes regiões para refletir e trocar experiências sobre questões ligadas aos territórios, incentivando o conhecimento numa perspectiva decolonial, pensada de dentro para fora.

Mesa e abertura do Sialat

Abertura do Sialat com os professores Emmanuel Tourinho, Jesús Díaz, Armin Mathis, Edna Castro, Edila Moura e José Vicente. Foto: Manuela André/Sialat

A abertura desta edição contou com a presença de representantes das instituições parceiras e da própria universidade, assim como os porta-vozes da Associação Latinoamericana de Sociologia (Alas). Durante os dias de programação, o público pode participar de diversas mesas de debate, oficinas e lançamentos de livros. A programação completa está no site oficial do evento e conta com uma grade de atividades para todos os horários.

Segundo a perspectiva do professor e membro da comissão organizadora do encontro, Eunápio do Carmo, o encontro tem como objetivo “potencializar o pensamento insurgente e crítico que vem dos povos, comunidades, grupos periféricos e entidades de pesquisa que estão engajadas a pensar outro projeto de sociedade e planeta a partir da América Latina”.

Ao final do seminário, serão produzidos anais reunindo os trabalhos apresentados e discutidos no encontro. De acordo com o organizador, as publicações possuem o objetivo de concentrar as trocas de saberes, que nesta edição, já somam mais de 300 trabalhos, para lançar luz ao meio acadêmico com um conhecimento sobre territórios e seus conflitos, mas, desta vez, sob a ótica de quem os vive. “O que o Sialat faz é congregar pessoas que vêm produzindo conhecimento a respeito de uma América Latina que precisa se insurgir diante de um projeto de dominação imperialista”, relata.

A quinta edição do encontro foi promovida pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O representante da unidade Armin Mathis também compôs a mesa de abertura e falou sobre a importância da reunião para que seja possível pensar propostas para as sociedades em discussão. “Temos neste evento grandes pensadores para pensar alternativas sobre o desenvolvimento, para elaborar e apresentar o conhecimento sobre o funcionamento da nossa sociedade”, explica.

O atual reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho, esteve pela manhã na sessão e fez votos de grandes debates no encontro, reforçando o compromisso da Universidade com as discussões. “Somos hoje a segunda maior Universidade Federal do País e que tem feito um grande esforço para avançar com a pesquisa e a extensão, de modo a contribuir para que seja forjado um projeto de desenvolvimento à altura das expectativas da nossa população”, afirma. Ainda destacou, durante sua fala, uma preocupação específica da instituição em produzir pesquisa “a partir da referência das necessidades dos povos e das populações amazônicas”.

Reitor da Universidade Federal o Pará, Emmanuel Tourinho, falando em um púlpito

Reitor da Universidade Federal do Pará, Emmanuel Tourinho. Foto: Manuela André/Sialat

Em apresentação, o vice-presidente da Associação Latino-americana e Caribenha de Sociologia (Alas), Jesús Díaz, reforçou o paralelo entre as sociedades caribenha e amazônida pela reivindicação de seu protagonismo. Em suas palavras, o espaço da academia é um ambiente onde essas reflexões precisam acontecer. Díaz também é professor da Universidade de Santo Domingo, na República Dominicana.

Cumprindo o objetivo de trocas de conhecimento entre os participantes, o mestrando em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Káio de Oliveira veio pela primeira vez a Belém para prestigiar esta edição do encontro. “É um espaço bem agradável, e tudo é grandioso”, avalia. O estudante ainda destacou a diversidade de figuras vindas de diferentes regiões e suas respectivas bagagens culturais: “A ciência é isso, a academia tem que ter essa confluência, essa troca, porque é a partir dessa síntese que vai sair novas ideias e mudanças”.

Texto: Maycon Marte
Edição:
 Alice Palmeira
Revisão: Isabella Galante
Direção: Marcos Colón

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